O Brasil na Premiação do OSCAR Desde o Início.


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O Oscar, também conhecido como Academy Awards, é a distinção mais reconhecida do cinema global. Desde a primeira edição em 1929, o festival homenageia as produções, diretores, atores e técnicos mais destacados da indústria do cinema. Contudo, qual tem sido o papel do Brasil nessa narrativa? Embora não seja um dos países mais premiados, o Brasil tem se destacado ao longo dos anos, seja através de indicações, filmes apresentados ou profissionais premiados. Vamos investigar essa jornada.

O Início da Relação do Brasil com o Oscar  

O início da relação do Brasil com o Oscar foi tímido. Nos primeiros anos do prêmio, o cinema brasileiro ainda estava em processo de consolidação, e a produção local não possuía a mesma visibilidade internacional que hoje tem. Contudo, desde os anos 1940, o Brasil começou a ganhar destaque com produções que espelhavam a cultura e a identidade nacional.

O filme "O Ébrio", de Gilda de Abreu, exibido nos Estados Unidos em 1944, foi um dos primeiros momentos de destaque. Apesar de não ter sido indicado ao Oscar, o filme possibilitou a divulgação do cinema brasileiro além das barreiras nacionais.

O Primeiro Filme Brasileiro Indicado ao Oscar 

Apenas na década de 1960 é que o Brasil teve seu primeiro filme oficialmente indicado ao Oscar. "O Pagador de Promessas", de Anselmo Duarte, foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1962. O filme, que se baseia na peça teatral de Dias Gomes, narra a trajetória de um homem humilde que luta contra a Igreja e a elite local para realizar uma promessa religiosa. A nomeação de "O Pagador de Promessas" representou um marco para o cinema do Brasil, já que foi a primeira vez que um longa-metragem nacional alcançou as finais do Oscar. Mesmo sem ganhar o prêmio, o reconhecimento internacional colocou o Brasil no cenário do cinema global.



Décadas de 1970 e 1980: Um Período de Altos e Baixos   

Nas décadas subsequentes, o Brasil seguiu enviando produções para disputar o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, porém sem grande destaque. No entanto, o cinema brasileiro estava em um momento de explosão, impulsionado pelo movimento do Cinema Novo, que tinha como objetivo retratar os problemas sociais e políticos do país.
"Dona Flor e Seus Dois Maridos", de Bruno Barreto, e "Bye Bye Brasil", de Cacá Diegues, foram enviados como representantes do Brasil, mas não obtiveram indicações. No entanto, esses filmes contribuíram para fortalecer a reputação do cinema brasileiro no cenário internacional.

Anos 1990: O Reconhecimento de Walter Salles  

O cinema brasileiro ganhou um novo ânimo no Oscar nos anos 90. Em 1998, o longa-metragem "O Que É Isso, Companheiro?" foi lançado. *, de Bruno Barreto, recebeu uma indicação ao Oscar na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. O longa-metragem, inspirado em acontecimentos verídicos ocorridos durante o regime militar no Brasil, foi um dos pioneiros a tratar de assuntos políticos de maneira mais direta.
Contudo, foi através de Walter Salles que o Brasil alcançou maior destaque no cenário internacional. O filme "Central do Brasil" (1998), de sua autoria, foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, e Fernanda Montenegro recebeu uma indicação histórica na categoria de Melhor Atriz. Fernanda tornou-se a primeira atriz do Brasil e da América Latina a ser indicada ao Oscar, um feito que ainda é comemorado no país.

Anos 2000: O Sucesso de "Cidade de Deus" 

O início do novo milênio representou um dos episódios mais significativos para o cinema brasileiro no Oscar. O longa-metragem "Cidade de Deus", sob a direção de Fernando Meirelles e Kátia Lund, recebeu quatro indicações em 2003: Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Fotografia e Melhor Edição.
"Cidade de Deus", apesar de não ter vencido em nenhuma das categorias, recebeu elogios da crítica internacional e se transformou num fenômeno mundial. O longa-metragem, que retrata a violência e a existência nas comunidades carentes do Rio de Janeiro, é reconhecido como um dos maiores filmes brasileiros já produzidos e solidificou a fama de Fernando Meirelles no âmbito global.


Anos 2010: Novas Tentativas e Reconhecimentos 

Durante a década de 2010, o Brasil continuou a enviar filmes para disputar o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, porém sem obter novas nomeações. "O Palhaço" (2011), de Selton Mello, e "Boi Neon" (2015), de Gabriel Mascaro, foram destaques nacionais que representaram o país, porém não alcançaram as finais.
Contudo, profissionais do Brasil começaram a conquistar espaço em outros segmentos. César Charlone, já conhecido por seu trabalho em "Cidade de Deus", foi indicado ao Oscar em 2016 pelo seu trabalho no filme uruguaio "A Vida Útil".

Anos 2020: O Brasil no Oscar de Animação  

O Brasil conseguiu uma façanha inédita em 2020: o filme "O Menino e o Mundo", de Alê Abreu, foi indicado ao Oscar de Melhor Filme de Animação. A nomeação representou um divisor de águas para a animação do Brasil, evidenciando sua capacidade de competir em outros campos além do Melhor Filme Estrangeiro.


Anos 2025: O primeiro Oscar: Melhor Filme Internacional.

Após a criação da prêmiação, em 1929, o Brasil tem seu espaço no hall do  Academy Awards com o Filme Ainda estou aqui (I´m still here).



Indicado nas categorias Melhor filme internacional, Melhor atriz, com Fernanda Torres, filha da primeira atriz brasileira, Fernanda Montenegro, a ser indicada ao Oscar em 1999, e Melhor Filme. Levamos o Oscar de Melhor filme internacional consagrando Walter Salles como um dos maiores diretores brasileiro reconhecido internacionalmente.


Fonte: Wikipedia
Artigo: Avp (Wookiee).

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