Você sabe o que é RPG?



Hoje vamos falar sobre RPG, mas qual deles?





Não, não estou falando de Reeducação da Postura Global, Razão da Progressão Geométrica ou mesmo de Ração Pra Gato, mas sim de Role Playing Games ou Jogos de Interpretação de Personagens.

No RPG, os participantes deixam a imaginação fluir, contando histórias cooperativas!

Role Playing Game, também conhecido como RPG (em português: "jogo de interpretação de personagens"), é um tipo de jogo em que os jogadores assumem os papéis de personagens e criam narrativas colaborativamente. O progresso de um jogo se dá de acordo com um sistema de regras predeterminado, dentro das quais os jogadores podem improvisar livremente. As escolhas dos jogadores determinam a direção que o jogo irá tomar.

Os RPGs são tipicamente mais colaborativos e sociais do que competitivos. Um jogo típico une os seus participantes em um único time que se aventura como um grupo. Um RPG raramente tem ganhadores ou perdedores. Isso o torna fundamentalmente diferente de outros jogos de tabuleiro, jogos de cartas colecionáveis, esportes, ou qualquer outro tipo de jogo. Como romances ou filmes, RPGs agradam porque eles alimentam a imaginação, sem, no entanto, limitar o comportamento do jogador a um enredo específico.

O RPG tem seu uso amplamente incentivado pelo Ministério da Educação (MEC) como método de ensino. É usado para aguçar a cooperação mútua e o raciocínio lógico dos estudantes.

Dungeons & Dragons foi o primeiro RPG do Mundo e iniciou essa nova série de jogos. No Brasil, chegou a ser lançado pela Grow e Abril Jovem!

Nesse mês, o mais famoso jogo de RPG completa 40 anos. Em 1974, dois americanos aficionados por wargames, Gary Gygax e Dave Arneson, expandiram as possibilidades dos jogos de guerra e desenvolveram o primeiro compilado de regras para o primeiro Role Playing Game e o batizaram de Dungeons & Dragons – D&D.

Em sua premissa básica, a primeira versão de Dungeons and Dragons prometia um mundo de aventuras fantásticas: explorações de masmorras, busca de artefatos poderosos, combates sangrentos contra criaturas das trevas, encontros com feiticeiros malignos e com sorte (ou azar) ainda tinha chance de esbarrar com um poderoso dragão! E para toda essa mágica acontecer, até hoje, a única que você precisa é de um punhado de dados, papel, lápis, uns bons amigos e muita imaginação.

O D&D, como é chamado pelos íntimos, tem sido, desde então, fonte de inspiração para uma grande geração de escritores e diretores de cinema, além de ser considerado como precursor da indústria moderna de videogames. É fácil notar a influência de toda a mitologia que envolve o universo do jogo em diversos livros e filmes.

Hoje, indo para sua 5ª edição, que terá seu lançamento oficial na GenCon em agosto, os produtores executivos da Wizards of the Coast, detentora dos direitos do jogo, prometem uma renovação no jogo, uma plataforma customizável que promete unir fãs de todas as versões publicadas até hoje.

Caverna do Dragão, um dos mais icônicos desenhos da década de 80 teve sua origem no RPG Dungeons & Dragons.

No início dos anos 80, os RPGs ainda não tinham sido lançados oficialmente no Brasil, os jogadores que cresciam em número tinham que esperar que um amigo ou parente fosse para fora do país para poder conseguir títulos ainda distantes das prateleiras. Nesse turbilhão de dificuldades para se conseguir um livro de RPG nasceu uma geração que hoje é chamada de Geração Xerox, batizada dessa forma devida a forma como conseguia os títulos importados.

Nos final dos anos 80 era possível achar ou encomendar livros de RPG através de grandes livrarias em São Paulo e no Rio de Janeiro, porém havia alguns obstáculos a serem transpostos. Os livros, por serem importados, não eram baratos. Além disso, era necessário saber um pouco de inglês para poder jogar. Os RPGs desta época mais jogados eram o Dungeon and Dragons, Merp e Rolemaster.

Isto perdurou até 1991 com o lançamento dos livros-jogos Aventuras Fantásticas pela Marques Saraiva e de Tagmar o primeiro RPG brasileiro pela GSA. Com uma ambientação baseada nos livros de J.R.R Tolkien, foi acusado injustamente de ser baseado no D&D, mas na verdade tinha um sistema bem diferente. O jogo chegou a fazer sucesso, mas a editora fechou no fim dos anos 90. No mesmo ano, é lançado o GURPS pela Devir Livraria, Em 1993, a Grow lança a primeira versão de Dungeons and Dragons no país, no ano seguinte, a Estrela lança HeroQuest, um jogo de tabuleiro com elementos de RPG e em 1995, a Editora Abril Jovem conseguiu uma licença para publicar o AD&D no Brasil, mas como o RPG era um jogo considerado demasiado "cult", a editora decidiu lançar primeiro a versão simplificada das regras do AD&D 2ª Edição, o First Quest. A editora também publicaria o jogo de cartas colecionáveis Spellfire, a revista Dragon e os livros-jogos "Você é o herói".

Tudo que você precisa para jogar RPG são lápis, papel, dados e um grupo de amigos dispostos a se divertir com você!
 
A década prossegue e mais alguns títulos são lançados: Paranóia, Advanced Dungeon & Dragons e Vampiro - a Máscara. Além das publicações estrangeiras, muitos outros RPGs brasileiros surgiram neste período.

Outro gênero criado nessa época foram os RPGs educativos, que visavam empregar a mecânica do RPG em atividades didáticas. Foram lançados a série de livros "Jogos de RPG - Português em Outras Palavras", publicados pela Editora Scipione, O Desafio dos Bandeirantes pela editora GSA, Mini-GURPS - O Descobrimento do Brasil, Mini-Gurps Entradas e Bandeiras e Mini-GURPS Quilombo dos palmares, todos pela Devir Livraria. Eles surgiram principalmente como uma resposta a acusações de que o RPG teria um efeito negativo nos seus jogadores, podendo até levar a crimes (as ligações entre o RPG e esses crimes foram posteriormente desmentidas).

A Editora Comic Store lança em 2004 o OPERA RPG, que além de apresentar regras lógicas e ágeis para se jogar RPG em qualquer cenário, ensina como funciona a sua estrutura básica, permitindo que qualquer jogador possa criar novas regras compatíveis com seu sistema. Em 2005 é lançado o RPGQuest, sistema para iniciantes, retornando às origens de jogos de tabuleiro misturados com interpretação e jogos de contar histórias, com distribuição em bancas de jornais e lojas de brinquedos, ainda em 2005, o Tagmar retornou ao público totalmente remodelado em uma versão livre (usando uma licença Creative Commons) para download pela internet, sendo um marco de pioneirismo no RPG brasileiro.

Em Manaus, o RPG foi trazido principalmente por universitários e teve grande apoio na década de 90 do antigo Teatro Chaminé e da Livraria Valer, onde os rpgistas da cidade se reuniam pra jogar e trocar idéias. Vale lembrar que atualmente é possível encontrar os mais variados títulos pela internet e muitos projetos de financiamento coletivo estão surgindo par trazer títulos nunca antes traduzidos como o Chamado de Cthulhu.

Então é isso pessoal, até a próxima e continuem acessando o blog.



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