Alien: Romulus - A Redenção de uma Franquia ou Só Mais uma Promessa Vazia?.


Tempo de leitura: 12 minutos.

    Olá, amantes de uma boa ficção científica! 

    Hoje, vamos conversar sobre um lançamento que está revivendo o encanto da franquia Alien e atraindo uma grande base de fãs. "Alien: Romulus" chega às telas trazendo um visual retrofuturista nostálgico, que remete diretamente aos primeiros filmes da série, junto com uma trama simples, bem construída e – alívio dos alívios – livre de qualquer imposição ideológica. Em vez disso, temos uma protagonista forte e inteligente, que nos lembra a icônica Ellen Ripley.

    Com "Alien: Romulus", a franquia Alien tenta mais uma vez encontrar o equilíbrio entre horror e ação, e, por incrível que pareça, parece que desta vez acertaram em cheio. Então, embarque nessa análise e vamos explorar juntos os pontos altos (e os não tão altos assim) de "Alien: Romulus".


Retorno às Origens do Terror.


Desde "Alien: O Oitavo Passageiro" (1979), a franquia marcou território no gênero de terror. Mas, com o passar dos anos, esse tom se perdeu, e o foco mudou para ação e adrenalina, especialmente em "Aliens", dirigido por James Cameron. Agora, "Alien: Romulus" tenta recuperar aquele terror psicológico intenso, nos dando uma experiência mais sombria e imersiva. Para os fãs antigos, essa é uma promessa que traz um misto de nostalgia e expectativa – e é claro, a chance de rever aquela sensação de medo claustrofóbico que fez de Alien um ícone do gênero. O diferencial das naves em cada filme da saga Alien está na tripulação. Cada produção apresenta uma equipe distinta: Alien: O Oitavo Passageiro - caminhoneiros espaciais, Aliens: O Resgate – militares, Alien 3: prisioneiros, Alien: A Ressurreição – contrabandistas, Prometheus – cientistas, Alien: Covenant – colonos, Alien Romulus: mineiradores. A premissa do filme é uma adaptação da premissa do Homem nas Trevas para o mundo de Alien: um bando de jovens entrando em um lugar claustrofóbico achando que iam se dar bem mas no fim se ferrando nas mãos de um residente perigoso nesse lugar.


A Estética Retrofuturista e a Claustrofobia.


    Visualmente, "Alien: Romulus" é uma homenagem cuidadosa ao estilo original da série. Os cenários desgastados, a tecnologia analógica e os corredores estreitos da nave são mais do que um visual interessante – são elementos que geram uma atmosfera de tensão constante. Cada corredor apertado e cada painel piscante nos transportam para o passado, mas com uma qualidade de produção atual. Ao contrário de "Prometheus" e "Alien: Covenant", que introduziram elementos filosóficos complexos, "Alien: Romulus" foca no básico e no que funciona: o horror espacial, com um toque de nostalgia retro.



Uma das maiores surpresas de "Alien: Romulus" é o desenvolvimento dos personagens. O filme explora as relações entre humanos e androides em um universo onde as corporações controlam tudo, quase como se fossem deuses, e as pessoas são vistas como recursos descartáveis. Os arcos dos personagens são bem construídos e trazem uma profundidade emocional que há muito faltava na série. E claro, a presença dos androides levanta questões clássicas de ética e consciência artificial, fazendo o espectador questionar até onde vai o limite da humanidade quando se trata de máquinas inteligentes.

O filme consegue equilibrar a ação e o horror, ainda que alguns críticos possam desejar que o terror fosse um pouco mais explorado, especialmente com relação ao xenomorfo. O monstro, embora sempre assustador, talvez pudesse ter um papel mais intenso para os fãs do horror. Mas mesmo assim, "Alien: Romulus" proporciona momentos de pura adrenalina e tensão, lembrando os melhores momentos de "Aliens: O Resgate", ao mesmo tempo em que resgata aquele horror inquietante de "Alien: O Oitavo Passageiro". É uma mistura bem dosada, que agrada tanto os fãs da ação quanto os que buscam o horror.



Um Final Promissor para a Franquia.

O ápice do longa nos apresenta uma visão horripilante que eleva o filme ao seu ponto mais perturbador: o último xenomorfo, uma fusão bizarra entre engenheiro, xenomorfo e humano. Esta criatura parece ter saído diretamente das profundezas da mente inquietante de H.P. Lovecraft, com um design que transcende o horror físico e atinge o psicológico. Suas feições distorcidas e quase antropomórficas nos causam um estranhamento visceral, algo que nos faz questionar o limite entre a monstruosidade alienígena e a nossa própria humanidade. Esse xenomorfo híbrido é um pesadelo de cauda, braços longos e pernas enormes, ossos expostos, expressão profunda e olhos vazios, uma entidade que transmite uma sensação de decadência e loucura, mas curiosidade. Cada movimento seu é um lembrete da fragilidade humana diante do desconhecido, deixando o espectador em um estado de angústia e fascínio ao mesmo tempo. É o momento mais sombrio do filme, um espetáculo de horror que promete se alojar nas memórias dos fãs da franquia.


O final de "Alien: Romulus" é de tirar o fôlego. A sequência final é um espetáculo de horror e ação, e a produção sabiamente deixa espaço para uma continuação. Este gancho não é apenas uma deixa para mais um filme, mas sim um convite para uma nova era da franquia, que talvez consiga finalmente retomar a essência que tanto amamos.



Embora "Alien: Romulus" talvez não alcance a glória dos dois primeiros filmes, ele é, sem dúvidas, uma adição de peso à franquia. Com uma nota sólida de 7,2/10 no IMDb mas, nós do Xibé nerd, proporcionamos a nota de 9/10, este é um retorno digno que mistura nostalgia, visual impecável e uma história cativante, deixando tanto veteranos quanto novos espectadores ansiosos pelo que está por vir. E o que está por vir? Alien: Earth, mas isso já é assunto para outro momento. 

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Obrigado por acessar e ler a matéria.

Até a próxima se Deus quiser!!!.

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