Apocalipse Z: E se o Próximo Apocalipse Já Estiver Entre Nós?

 


Tempo de leitura: 12 minutos.

Olá, amantes de uma boa ficção! Estão preparados para o fim do mundo?

Apocalipse Z: O Princípio do Fim é baseado na série de livros do autor espanhol Manel Loureiro. A adaptação cinematográfica foi um prato cheio para os fãs da obra literária, conquistando muitos por sua fidelidade ao material original.

O filme nos leva a um mundo devastado por uma doença semelhante à raiva, que transforma humanos em criaturas agressivas e selvagens. Aqui, seguimos Javier, um advogado deprimido e isolado que é obrigado a abandonar a cidade de Vigo com seu fiel companheiro, o gato Lúculo. Logo de cara, as criaturas do filme evocam memórias de Guerra Mundial Z, baseado no livro World War Z: An Oral History of the Zombie War, de Max Brooks.

Eu, como fã incondicional de histórias de zumbis, corri para assistir quando vi o lançamento na Amazon Prime Video. E que grata surpresa! Vamos por partes.

Uma narrativa intensa e minimalista

O que me surpreendeu de imediato foi o número reduzido de personagens. Diferente de outras produções do gênero que apresentam um grande elenco apenas para criar mortes dramáticas, aqui a história foca quase exclusivamente no protagonista. Isso cria uma conexão mais íntima e intensa. Durante o filme, acompanhamos Javier enfrentando três cenários distintos:

A convivência complicada com sua vizinha.

O terror em um navio de escravos modernizado.

O caos em um hospital infestado de infectados.

Cada segmento é bem explorado e dirigido com maestria, criando a sensação de que assistimos a um filme de três horas, embora dure menos de duas.


Cenários de tirar o fôlego


A fotografia é espetacular. Mesmo em meio à destruição, as paisagens são deslumbrantes. Dá vontade de explorar Vigo e seus arredores, mesmo sabendo que isso significaria enfrentar hordas de zumbis!


Críticas e comparações

Há elementos que incomodam. O fato de Javier optar por uma lança de pesca em vez de uma arma de fogo parece pouco plausível. Se a decisão foi motivada por orçamento ou escolha narrativa, faltou justificativa na trama. Uma simples cena onde um disparo atrai uma horda de zumbis teria resolvido essa lacuna.

Outro ponto que me tirou da imersão foi a resistência dos zumbis. Em uma cena, eles perseguem Javier por quilômetros enquanto ele está de moto, e continuam mesmo após ele cair e seguir a pé. Essa insistência, com um olfato tão apurado para criaturas "mortas", soa exagerada. Além disso, transformar todos os zumbis em "atletas olímpicos" tira parte do charme clássico do gênero, onde a lentidão das criaturas cria um terror psicológico diferente. Mas eu entendo a proposta, considerando que os zumbis apresentados são mais próximos de uma possível realidade. Uma doença que leva a pessoa a essa condição, mantendo-a viva de alguma forma, mas ignorando completamente os limites físicos do corpo. Tornando em um animal irracional, raivoso e sem limites. Há uma cena, por exemplo, em que os zumbis morrem ao levar tiros no peito, atingindo órgãos vitais.

A fidelidade ao livro e as atualizações necessárias



A obra original foi escrita antes da pandemia de COVID-19, mas o filme adapta bem o contexto, incluindo referências ao vírus e aos conflitos na Rússia, conectando com a atualidade. Esse toque traz uma camada de realismo que ecoa experiências recentes.

Personagens cativantes e o peso das escolhas

Cada personagem, mesmo com pouco tempo de tela, tem seu momento. Até os coadjuvantes menores deixam sua marca. Confesso que me apeguei a alguns e sofri nas cenas mais tensas, torcendo para que todos sobrevivessem – algo raro no gênero.

Javier também erra, o que o torna humano. Seu desleixo inicial ao ignorar os noticiários e a falta de preparo soam frustrantes, mas refletem como muitos de nós reagimos durante crises reais. Ainda assim, ele demonstra inteligência e instinto de sobrevivência ao longo da história.

Ah, e o gato Lúculo! Que figura adorável. É impossível não se conectar com ele.


Conclusão: uma experiência imperdível

Apocalipse Z: O Princípio do Fim entrega uma história envolvente, com ação, suspense e doses de drama. Mesmo com algumas falhas no roteiro e atuações que poderiam expressar mais medo e angústia, o resultado é satisfatório. É um dos melhores filmes de zumbis que vi nos últimos tempos.

Se você curte o gênero, não perca. É como Guerra Mundial Z, só que com orçamento reduzido e mais foco no emocional. Ah, e o final deixa aquele gostinho de continuação – e que venha logo, porque estou ansioso para mais! Até lá: Vamos ler os livros!

Se você é fã do gênero zumbi e gosta de histórias que misturam tensão, emoção e uma boa dose de realismo, Apocalipse Z: O Princípio do Fim é uma experiência obrigatória. Prepare-se para um filme que, mesmo com limitações, entrega uma narrativa envolvente e prova que não é preciso um grande orçamento para criar um apocalipse que deixa marcas. Nós do Xibé nerd- Concluímos com uma nota 8/10.









Obrigado por acessar e ler a matéria.

Até a próxima se Deus quiser!!!.

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